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19 de fev. de 2011

Sempre é tempo de ler

Quando Lucia Peláez era pequena, leu um romance escondida. Leu aos pedaços, noite após noite, ocultando o livro debaixo do travesseiro. Lucia tinha roubado o romance da biblioteca de cedro onde seu tio guardava os livros preferidos.
Muito caminhou Lucia, enquanto passavam-se os anos. Na busca de fantasmas caminhou pelos rochedos sobre o rio Antióquia, e na busca de gente caminhou pelas ruas das cidades violentas.
Muito caminhou Lucia, e ao longo de seu caminhar ia sempre acompanhada pelos ecos daquelas vozes distantes que ela tinha escutado, com seus olhos, na infância.
Lucia não tornou a ler aquele livro. Não o reconheceria mais. O livro cresceu tanto dentro dela que agora é outro, agora é dela.
                                 Eduardo Galeano

Ao encontrar-se com o texto literário, o homem tem a possibilidade de transformar e enriquecer sua experiência de vida, porque ao ler, exercita a prática da liberdade, e ao alimentar-se da leitura, desenvolve o pensamento crítico, criador. Lemos para não esquecer que somos seres humanos, finitos, incompletos, precários. Lemos para abrir as portas da compreensão do mundo, lemos para fazer parte do mundo.

Desejar o leitor incompleto, porque lacunar, mas plenamente acordado para o que vê, sente, capaz de analisar o que uma boa história traz ou que saiba porque não usufruiu daquela leitura, deve ser o desejo de todos que trabalham com o texto literário.

                                 A leitura na escola

             


 Dom Casmurro é a primeira leitura do ano das oitavas séries




O Mistério da Aranhas Verdes é a primeira leitura do ano das sextas séries

11 de fev. de 2011

Dona Benta, personagem de Monteiro Lobato: a avó que todos sonharam

 


                                 Na sociedade ocidental tem-se perdido os valores humanos em vantagem do poder e da ostentação. A sofisticação dos meios de produção, a complexidade dos instrumentos tem afastado as crianças e os velhos. Por isso as crianças querem sair o quanto antes da sua infância e ninguém deseja ser velho. Por mais elogios que teçam às artes e à velhice poucos estão convencidos que é por aí que se realiza o ser humano.                   Solange Both
Refletir sobre a velhice é reconhecer que não há como fugir do ciclo natural da vida: nascimento, crescimento, amadurecimento, envelhecimento e morte. Simone de Beauvoir (1990:39), em seu livro A velhice, já nos dizia: “morrer prematuramente ou envelhecer: não existe outra alternativa”.
O envelhecimento é um fenômeno mundial. Esse crescimento elevado do contingente de idosos é resultado, conforme pesquisas, da alta fecundidade que prevalecia no passado em relação à atual e da redução da mortalidade. Atualmente, a população brasileira de idosos com idade superior a 60 anos é da ordem de 15 milhões de habitantes. Projeções recentes indicam que esse segmento poderá ser responsável por quase 15% da população brasileira em 2050. Segundo  cálculos das Nações Unidas,  quase dois bilhões de pessoas estarão na chamada terceira idade nessa época. O aumento apresentado nos dados nos  mostra que, ainda em 2050, haverá mais idosos que crianças no mundo.
Esses dados nos levam a concluir que é chegado o momento de resgatarmos o diálogo intergeracional, de encontrarmos pontes que aproximem cada vez mais os avós dos netos, para que juntos possam construir um futuro mais digno e mais humano. Agostinho Both , teórico do envelhecimento, faz apontamentos importantes no que diz respeito ao diálogo intergeracional:



O diálogo intergeracional não é,  portanto um ato de compaixão para com os mais velhos, mas um elo anunciador que aponta para aonde os esforços humanos dos mais jovens devem ser dirigidos. Assim como o tecido orgânico é gerado, assim o tecido histórico é gerado. A consciência também tem sua história: aquele que gera pode orgulhar-se do que gerou, e o que é gerado orgulhar-se de quem o gerou.( BOTH, 2001:47)
O propósito deste trabalho é  fazer uma análise da figura da avó na obra A reforma da natureza, de Monteiro Lobato, buscando entender como os personagens dialogam com esta avó, como as crianças aprendem a figura dos velhos e como assimilam o conceito de velhice.
Solange Lima Both , estudiosa do processo de envelhecimento, faz apontamentos importantes a respeito do modelo cultural da velhice que estamos aprendendo:


O mais significativo, porém, está em que o conceito da velhice vai estabelecer a referência básica para o desenvolvimento do indivíduo. Isto é: a introjeção do modelo cultural referente à velhice induzirá a que as crianças imponham a si mesmas esse modelo, repetindo-se indefinidamente o padrão humano no que se refere ao seu envelhecimento.
As crianças ao verem o velho sem ter o que fazer ou tendo que cumprir papéis irrelevantes desenvolvem sentimentos de uma silenciosa rejeição em relação à velhice. É isso que sentirão em relação a si mesmas já nas primeiras manifestações de envelhecimento. (BOTH, 1994:43)


Na obra A reforma da natureza, tia Nastácia, Visconde de Sabugosa e D. Benta são convidados pelos estadistas do mundo para irem representar a humanidade e o Bom-Senso na Conferência da Paz de 1945.
Dona Benta aceita o convite e parte com seu pessoalzinho, enquanto Emília, auxiliada por sua amiga Rã, promove uma drástica reforma na natureza.
É assim que Emília põe jabuticabeiras no pé de abóbora e as abóboras nas jabuticabeiras, deixa as laranjas sem casca, e muda a cauda da Mocha para o meio das costas, pois só assim poderá espantar melhor as moscas que lhe sentam no pescoço. Com todas essas reformas, Emília, auxiliada por sua amiga Rã, faz-nos dar boas gargalhadas.
Enquanto D. Benta conserta a Europa com todo seu bom senso, Emília muda até o pulo das pulgas.
Ao voltar para o Sítio, D. Benta questiona algumas mudanças e aprova outras, como a do leite que apita quando está no fogo. Após a reforma, um outro acontecimento reúne o Visconde e a Emília para discutir o funcionamento do corpo humano.
Monteiro Lobato acreditava que a criança era um ser em formação, que na criança os conceitos não estavam formados como em um adulto, então, através da Emília, o autor quebra o padrão da época, segundo o qual, educar a menina seria prepará-la para desempenhar atividades socialmente imaginadas como femininas. Dona Benta, quebrando o estereótipo de que como mulher sua única função era cuidar da casa e dos netos, parte a fim de representar a Humanidade e o Bom-Senso na conferência da Paz:


Com grande naturalidade, Dona Benta aceitou o convite e deliberou seguir com todo o seu pessoalzinho - menos Emília. Emília recusou-se a partir porque estava com a idéia que lhe veio pela primeira vez quando ouviu a fábula do Reformador da Natureza. (LOBATO, 1979:8)
Neste trecho observamos que D. Benta demonstra ser uma avó “democrática”, quando permite a Emília  ficar em casa enquanto iria com seu pessoalzinho aconselhar os chefes da Europa a não mais guerrearem e encontrarem a paz que tanto procuravam.
Se pensarmos que a avó  apresentada por Lobato é uma avó desprovida de autoridade e que a criança na visão da avó pode decidir se quer ficar sozinha, enquanto viaja, percebemos o quanto é dado à criança de Lobato o poder de decisão e o poder de “poder”.
A avó está ali para colher com afeto os menores. Está sempre disponível a ouvi-los e a responder os inúmeros questionamentos da criançada.

Mas Dona Benta era a democracia em pessoa: jamais abusou de sua autoridade para oprimir alguém. Todos eram livres no Sítio, e justamente por essa razão nadavam num verdadeiro mar de felicidade. Emília recusava-se a ir? Com que direito? E o que adiantaria ir a contragosto, emburrada? E Emília teve licença para ficar.
Grande estudioso das obras de Lobato, J. Roberto Whitaker Penteado,  ao colher depoimentos para seu livro “Os filhos de Lobato”, obra cuja intenção era avaliar o possível impacto da obra infantil de Lobato sobre seus leitores quando adultos, faz anotações importantes:


A maioria das pessoas entrevistadas admitiu com grande naturalidade ter sido influenciada pela obra de Lobato na infância e na juventude com reflexos significativos na fase adulta. Não deixa de ser instigante, contudo refletir sobre certos depoimentos – como o de uma jovem que decide ir viver com a avó, para evitar o lar, que de certa forma já racionalizada, aparece como agressivo. (PENTEADO, 1997:16)

Percebe-se pelo depoimento da jovem, a importância da narrativa de Lobato  para a ressignificação de sua vida. É  a casa da avó que a acolherá e lhe servirá de abrigo. Essa avó que ela encontra ao ler Lobato é a avó que deveria povoar nossos sonhos, nossas brincadeiras infantis, com quem deveríamos dialogar, pois como nos diz Paulo Freire :


O verdadeiro diálogo é uma exigência existencial. E. se ele é o encontro que solidariza o refletir e o agir dos sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar idéias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de idéias a serem consumidas pelos permutantes. (FREIRE,1995:93)
Esse diálogo de que tanto fala  Freire é que  propiciará à criança em formação, um olhar de significado ao idoso:  não como alguém sem voz e sem vez, mas sim como uma avó que a ajudará a entender e não a temer e rejeitar o seu próprio envelhecimento.
Toda a obra infantil de Lobato, explica o editor Caio Graco Prado (AZEVEDO,1997:316) : “Reflete essa preocupação de formar gerações não atadas a esta ou aquela forma de vida, a este ou aquele enfoque social ou político, mas fundamentalmente atadas a si próprias, às suas concepções de cada momento, julgando sempre para aceitar, rejeitar ou contrapor idéias e sugestões”.
Dona Benta, tendo concluído o serviço na Europa, escreve uma carta anunciando sua volta. Emília , lendo a carta para a Rãzinha, tece o seguinte comentário (LOBATO,1979:36): “É uma danada esta velha! Foi lá e fez o que todos aqueles ditadores e reis não conseguiram”.
Pela fala de Emília observa-se o quanto esta avó é “poderosa”. Esse  modelo brasileiro de avó, é excepcional, naquela época. Mulher, avó, não seria vista como detentora de saber. Dona Benta era também professora: conhecia todos os assuntos, era capaz até de conversar com cientistas e chefes de estado. O curioso é que quando Lobato apresenta Dona Benta, ela é uma velha frágil, passa dos 70 anos e não enxerga direito. Teve de remoçá-la para que pudesse acompanhar as estripulias dos netos e agregados.
Ao chegar em casa, Dona Benta fica estarrecida com o que vê. Pergunta à Emília o que significam as mudanças, no que Emília responde prontamente. Nos excertos abaixo, veremos o diálogo entre a avó e a Emília:


- Que é isto, Emília? Que significam estas mudanças? Emília contou tudo.
- Eu reformei a natureza – disse ela. – Sempre tive a idéia de que o mundo por aqui estava tão torto como a Europa, e enquanto a senhora consertava a Europa eu consertei o Sítio. 
- Dona Benta explicou:
- Emília, eu reconheço as suas boas intenções. Você fez tudo na certeza de estar agindo pelo melhor. Mas não calculou uma porção de inconveniências que podiam acontecer. 
- Agora assim – ia dizendo Emília – agora ela deu uma razão boa, clara, que me convenceu, e por isso vou desmanchar o que fiz. Mas com aquele “vá”! do começo, a coisa não ia, não! Vá o Hitler, vá o Mussolini. Comigo é ali na batata, na convicção do argumento científico!
E dessa maneira quase todas as reformas de Emília foram anuladas, mas nenhuma por imposição de D. Benta. A boa senhora argumentava, provava o erro – e então a própria Emília se encarregava de reestabelecer o velho sistema. Mas mesmo assim muitas das reformas ficaram, como por exemplo o dos livros. (LOBATO, 1979:37-40)

Dona Benta, quando dialoga com Emília a respeito de sua reformas, é legítima portadora da modernidade, quando dá “voz” para a criança. Se algumas reformas contradizem a ordem da natureza, é através do diálogo e do conhecimento de D. Benta que Emília acaba se convencendo de que realmente havia cometido alguns erros, mas não sem muito questionar.
A literatura de Lobato talvez seja porta de entrada para a percepção mais positiva do processo de envelhecimento, pois é através da palavra que nos tornamos mais humanos e teremos para a vida um olhar mais sensível, mais generoso. Joana Cavalcanti, teórica da literatura, fala-nos da importância do ato da leitura:

Quando falamos da Literatura como sendo uma porta aberta para a construção de um sujeito mais feliz, ou pelo menos mais sensível, nos agarramos ao fato de que aí temos um universo pleno de metáforas, de símbolos e jogos capazes de nos arremessar para o êxtase da fantasia, da criação, por conseguinte do maravilhoso que nos lança para o mundo (re)criado dos desejos mais secretos, dos anseios sentidos e vividos plenamente, apenas, pelo estabelecido como poético e verdadeiro, tecidos pela palavra-metáfora. (CAVALCANTI, 2002:27)
.
Aproximar, a partir da literatura, as diferentes gerações, levá-las a analisar a situação do idoso na sociedade hoje, mostrando que a velhice não é apenas um processo de perdas, mas que há várias velhices, me parece fundamental para que as crianças possam crescer sem os estereótipos que carregam o processo de envelhecimento, pois como diz a estudiosa Anita Liberalesso Neri  no livro Psicologia do Envelhecimento:


[...] Velhice bem-sucedida é assim uma condição individual e grupal de bem-estar físico e social, referenciada aos ideais da sociedade, às condições e aos valores existentes no ambiente em que o indivíduo envelhece, e às circunstâncias de sua história pessoal e de seu grupo etário. Finalmente, uma velhice bem-sucedida preserva o potencial individual para o desenvolvimento, respeitados os limites da plasticidade de cada um. (NERI (org), 1995:34)

Segundo outra estudiosa do processo de envelhecimento, Guita Grin Debert (1999:46) , hoje estamos na fase de rever estereótipos sobre a velhice. Aquela idéia de velhice como fase de perdas começa a ser substituída. A velhice passa a ser vista como um estágio de novas conquistas, baseadas no prazer e na satisfação pessoal.
Cícero , em seu livro Da Velhice e da Amizade apresenta belíssimas reflexões a respeito da velhice, reflexões que são utilizadas como referência até os dias de hoje:


[...] não nos trazem nada de conclusivo os que sustentam ser a velhice incapaz de administrar os negócios, e são semelhantes àqueles que afirmam não  fazer nada o piloto que dirige o navio, já que uns grimpam pelos mastros, outros correm pelo convés, outros esvaziam a sentina; aquele, porém, que segura o timão do leme, está tranqüilamente sentado à popa. Não faz o que fazem os jovens, mas, verdadeiramente, faz coisas muito maiores e mais importantes. Os grandes empreendimentos não se levam a cabo por meio da força ou da velocidade ou da agilidade do corpo, mas sim pela sabedoria, pela autoridade e pelos bons conselhos; e de todas essas qualidades a velhice costuma não somente não estar privada, mas até ser delas provida com abundância. (CÍCERO:206.43a.C:55)

Simone de Beauvoir (1990:39) , em seu livro clássico sobre a velhice, mostra que o inconsciente não tem idade. Que temos tendência a nos comportar como se jamais fôssemos velhos. Aos 60 anos, raros são os idosos que se consideram velhos. E mesmo quando chegam aos 80 anos, muitos deles acreditam que ainda são jovens.
Como escreve Cícero (1964:48) , em seu famoso tratado sobre a velhice diz: “A velhice é em primeiro lugar, dessas coisas que todos desejam atingir e, uma vez conseguida, acusam-na”. E ainda (1964:62):“Torna-te velho cedo, se quiseres ser velho por muito tempo”. Pensamentos que vão ao encontro daquilo que dizia Simone de Beauvoir em seu livro “A velhice”.
Há uma nova  postura em relação à velhice, que é a de  assegurar uma qualidade de vida melhor para o idoso. Vê-se, hoje,  idosos preocupando-se com a busca de um corpo saudável, de uma vida mais ativa. Manter-se bem, torna-se objetivo central da vida. E cuidados preventivos serão necessários para um envelhecimento saudável.
A estudiosa Ursula Lehr  em seu artigo A revolução da longevidade: impacto na sociedade, na família e no indivíduo, faz referências para a importância de o idoso manter-se mentalmente ativo, pois a redução da atividade mental pode acelerar o processo de envelhecimento:


Muitos estudos, especialmente estudos longitudinais, descobriram que indivíduos mentalmente mais ativos, com uma maior gama de interesses, uma perspectiva de futuro mais distante, e um grande números de contatos sociais, alcançam a velhice com maior sentimento de bem-estar psico-físico. Ficou estabelecido que a atividade cognitiva é essencial para um envelhecimento saudável. (Estudos Interdisciplinares Sobre Envelhecimento - v.1, 1999:28)

Diferentemente do que pensamos, envelhecer não está reservado apenas aos velhos. Desde que nascemos, começamos a morrer. Portanto, envelhecer é um processo contínuo de transformação do ser humano.
Emília, depois de muito questionar com D. Benta as reformas que havia feito no Sítio, se convence de que era necessário rever algumas de suas reformas. Porém, não abre mão de outras, que julga ser importantes. Aprende, então, com D. Benta, que é importante planejar qualquer mudança, por menor que seja.. Sente-se valorizada, importante, quando D. Benta promete examinar com cuidado todas as reformas.
Dona Benta aprovou a mudança das pulgas e também a das moscas e pernilongos. E com sua grande sabedoria de filósofa disse:


- Está bem, Emília. Vou examinar detidamente todas as reformas que você fez, porque estou vendo que há muita coisa aproveitável.
- Emília piscou vitoriosamente para o Visconde.  (LOBATO, 1979:43)

Para terminarmos a reflexão, deixemos que as crianças do Sítio continuem nos ensinando que é possível retomar o diálogo, receber noções de nossos avós, ouvir suas histórias, aprender no cotidiano, no concreto, a saborear a vida como  crianças,  pois,  somente percebendo desde cedo que também vamos envelhecer,  poderemos descobrir e entender que há várias maneiras de vivenciar o processo de envelhecimento.
O tempo não pode ser visto como inimigo, mas sim totalidade, existência, possibilidade de realização, como tão bem nos mostra com seu exemplo de sabedoria, a avó D. Benta.
Fiquemos, para terminar, com as  palavras de Cícero  a respeito do processo de envelhecimento:


A velhice, com efeito, é honorável, contanto que se defenda a si mesma, que mantenha seus direitos, que não se submeta a ninguém e que até o derradeiro alento guarde seu império sobre os seus. Assim como estimo um adolescente no qual se encontra alguma coisa de velho, assim aprecio um ancião no qual se encontra alguma coisa de um adolescente; aquele que seguir esta regra, poderá ser velho de corpo, não o será jamais de alma. (CÍCERO, 1964:65)


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO, Carmen Lucia de et al. Monteiro Lobato: furacão da Botocúndia. São Paulo: SENAC, 1997.
BEAUVOIR, Simone de. A velhice. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990
BOTH, Agostinho. Gerontologia: Educação e Longevidade. Passo Fundo:      Imperial, 1999.
BOTH, Agostinho; BOTH, Solange L; PORTELLA, Marilene R. Fundamentos de gerontologia. Passo Fundo: UPF, 1994
CAVALCANTI, Joana. Caminhos da literatura infantil e juvenil: dinâmicas e vivências na ação pedagógica. São Paulo: Paulus, 2002.
CÍCERO. Da velhice e da amizade. São Paulo: Cultrix, 1964
Estudos Interdisciplinares Sobre Envelhecimento – v. 1. Porto alegre: Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Envelhecimento da PROREXT/UFRGS, 1999. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.
LOBATO, Monteiro. A reforma da natureza. 16. Ed. São Paulo: Brasiliense, 1979. 
NERI, Anita Liberalesso (Org). Psicologia do envelhecimento. São Paulo: Papirus,     1995.
NERI, Anita Liberalesso; DEBERT, Guita Grin (Orgs). Velhice e sociedade. Campinas, São Paulo: Papirus, 1999. PENTEADO, J. Roberto Witaker. Os filhos de Lobato. Rio de Janeiro: Dunya, 1997.